Entenda como as tecnologias climáticas podem ajudar a transformar sistemas e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono e saiba o que é preciso para escalar essas inovações
Muitas das ações de combate à urgência climática giram em torno de mudanças de comportamento, novas legislações e adaptações em produtos e processos para ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Nesse sentido, fica cada vez mais evidente o papel da tecnologia para impulsionar as inovações e transformações necessárias para tornar a economia mais sustentável e regenerativa.
As soluções/tecnologias climáticas têm grande potencial para contribuir para a descarbonização de alguns dos setores mais pesados em termos de emissões (como, por exemplo, cimento, aço, petroquímica e transporte de cargas). Além disso, muitas dessas inovações também devem ajudar a popularizar produtos e serviços de baixo carbono.
As tecnologias climáticas referem-se a um amplo espectro de soluções inovadoras destinadas a combater as mudanças climáticas.
Elas são fundamentais na redução das emissões de gases de efeito estufa, na promoção de fontes de energia renováveis, no aumento da eficiência energética e na adaptação às mudanças climáticas já em curso.
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Um dos movimentos que ajudam a impulsionar as tecnologias climáticas são as climate techs, startups e scale-ups que desenvolvem soluções sustentáveis para enfrentar e mitigar os impactos das mudanças climáticas e impulsionar a transição para uma economia verde e de baixo carbono.
Outros segmentos em crescimento incluem mobilidade elétrica, economia circular e captura e armazenamento de carbono. O agrotech (setor de tecnologia agrícola) também cresceu, especialmente em agricultura regenerativa e de precisão.
Um levantamento feito pela Universidade de Oxford em parceria com a Skoll Foundation revelou que o capital de risco global voltado para o clima cresceu aproximadamente 40 vezes nos últimos 10 anos.
Há uma expectativa de que o Brasil possa liderar os investimentos em tecnologia climática, com oportunidades significativas em energia e materiais sustentáveis. Alguns especialistas apontam que a economia verde pode atingir US$ 125 bilhões no país até 2040, com combustíveis de aviação sustentável e o mercado de crédito de carbono como principais oportunidades.
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Segundo uma análise feita pela McKinsey, existem 12 categorias de tecnologias climáticas (listadas nos slides abaixo) que, juntas, poderiam potencialmente reduzir até 90% das emissões totais de gases de efeito estufa (GEE) causadas pelo homem se forem implementadas em grande escala.
Contudo, a consultoria alerta que a interdependência entre essas tecnologias é muito alta, o que significa que elas precisam ser escalonadas em conjunto.
Essas tecnologias não apenas precisarão ser comprovadas tecnicamente (como muitas já foram, aliás), mas também se tornar comercialmente viáveis. E, de forma crítica, a busca por soluções tecnológicas sustentáveis para impulsionar a descarbonização precisará ser perseguida paralelamente a outros objetivos, como acessibilidade e segurança energética.
Como é possível perceber, a maturidade das 12 categorias de tecnologias varia significativamente. Portanto, existe uma lacuna entre a prontidão técnica e a maturidade comercial dessas soluções.
De acordo com a análise da McKinsey, apenas 10% do potencial de redução das emissões através das tecnologias climáticas provêm daquelas que já estão plenamente maduras comercialmente e em uso global. Entre elas, estão:
Outros 45% do potencial de redução podem ser alcançados com tecnologias em estágios iniciais de adoção e comercialização. Aqui, inclui-se a maioria das gerações de energia solar e eólica, veículos elétricos, biocombustíveis, bombas de calor e reciclagem química de plásticos. Essas tecnologias já demonstraram sua capacidade de expansão, mas precisam de apoio adicional para competir com as tecnologias convencionais a curto e médio prazo.
Previsões indicam que o financiamento para tecnologias climáticas deve crescer em torno de 10% ao ano e atingir aproximadamente US$ 2 trilhões até 2030, o que equivale a cerca de 1% a 2% do PIB global.
Apesar do crescimento nas iniciativas de capital de risco voltadas para o clima, porém, ainda há desafios cruciais a serem superados para escalar as tecnologias climáticas.
A Oxford Climate Tech Initiative destaca algumas ações necessárias para garantir que as soluções climáticas se tornem realidade e alcancem seu potencial. São elas:
Aumentar a quantidade, bem como os tipos de financiamento disponíveis para inovações em tecnologia climática.
Nesse sentido, é importante acelerar os investimentos em todas as fases do desenvolvimento tecnológico, como pesquisa, desenvolvimento, testes piloto e comercialização.
Corporações e governos devem ajudar a viabilizar o crescimento da tecnologia climática.
Atores corporativos e governamentais têm um papel significativo no ecossistema da tecnologia climática – desde o financiamento de P&D até o apoio a testes de produtos, acesso ao mercado e contratos.
É crucial desenvolver estratégias para formar talentos para a tecnologia climática.
A demanda por talentos no campo da tecnologia climática é grande, com a Organização Internacional do Trabalho prevendo a criação de 24 milhões de empregos em uma economia mais verde.
As soluções de tecnologia climática precisam alcançar países em desenvolvimento e populações vulneráveis.
Para se ter uma ideia, em 2022, menos de 15% dos investimentos em transição energética foram para mercados emergentes.
É essencial expandir as soluções de adaptação climática e desenvolver estratégias de investimento apropriadas.
Segundo o Climate Policy Initiative, o financiamento anual para projetos de adaptação é de US$ 63 bilhões.
Contudo, em países em desenvolvimento, estima-se que seja necessário cerca de US$ 212 bilhões por ano até 2030 para atender às suas necessidades de adaptação. As tecnologias climáticas têm um papel importante no preenchimento dessa lacuna de financiamento.
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