Feitos à base de micélio, protetores auriculares biodegradáveis são alternativa sustentável aos 40 bilhões de unidades plásticas produzidas anualmente
Garrafas PET, canudinhos, brinquedos infantis e sacolas de lixo podem até ser os primeiros itens que vêm à mente quando se fala em lixo plástico. Mas essa lista é muito maior, e inclui protetores auriculares descartáveis.
Talvez você nunca tenha pensado nesses pequenos acessórios que protegem os ouvidos contra ruídos como um problema ambiental. Mas estima-se que o mundo produza 40 bilhões deles por ano. “Se colocados lado a lado, esses 40 bilhões de protetores se estenderiam por mais de 3,8 milhões de quilômetros, o suficiente para dar quase 100 voltas ao redor da Terra”, afirma a GOB, empresa que tem como objetivo realizar parcerias com a natureza para transformar a vida cotidiana em um futuro regenerativo.
E o impacto ambiental não é o único problema relacionado aos protetores auriculares descartáveis tradicionais. A isso, soma-se o fato de até hoje eles ainda serem feitos de materiais à base de petróleo (principalmente PVC), que interferem no sistema endócrino e podem causar câncer.
“Vimos uma oportunidade de resolver esse problema, criando não apenas um produto menos prejudicial, mas um que, a cada uso, contribua para regenerar a saúde do planeta”, diz a GOB.
Os protetores auriculares regenerativos
Produzidos em parceria com o laboratório Ecovative, os protetores auriculares descartáveis da GOB são feitos de micélio, a parte “escondida” do cogumelo, que fica embaixo da terra ou dentro do material onde ele cresce, como se fosse sua “raiz”, e que desempenha um papel crucial no ecossistema, pois ajuda a decompor matéria orgânica.
Além disso, são hipoalergênicos, totalmente compostáveis e certificados pelo USDA como 100% de origem biológica. Segundo a empresa, eles se decompõem em cerca de 45 dias, transformando-se em nutrientes para o solo, sem deixar resíduos de microplásticos.
Iniciativas como essa chamam a atenção para soluções que minimizam o impacto ambiental em itens do dia a dia – e que ainda têm o potencial de contribuir para um ciclo regenerativo.
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