Medo de retaliação e descrença em denúncias dificultam enfrentamento do problema nas empresas
No dia 3 de dezembro, foi celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Apesar da inquestionável importância da data, quando o assunto é a inclusão e, principalmente, o bem-estar dos profissionais com deficiência no mercado de trabalho, há pouco a comemorar.
De acordo com a pesquisa Radar da Inclusão: mapeando a empregabilidade de Pessoas com Deficiência, 9 em cada 10 profissionais com deficiência ou neurodivergentes já enfrentaram situações de capacitismo no trabalho.
Entre os entrevistados, 75% ouviram comentários capacitistas, 64% sofreram discriminação de superiores e 62% de colegas de equipe. Além disso, 49% afirmaram ter sido preteridos em promoções, enquanto 8 em cada 10 relataram sentir-se prejudicados no mercado de trabalho por sua condição.
A pesquisa também aponta que a maioria dos profissionais (84%) estava empregada em empresas no momento dos episódios de capacitismo, mas apenas 35% denunciaram as situações. Entre os que não relataram, os principais motivos foram o medo de retaliação (38%) e a descrença na efetividade da denúncia (29%).
Apesar disso, 76% dos participantes afirmaram que sua condição não interfere ou contribui positivamente para o desempenho no trabalho, embora 6 em cada 10 reconheçam que ela afeta as chances de conquistar boas oportunidades.
Quando 4 em cada 10 pessoas não se sentem respeitadas mesmo após denunciarem episódios de discriminação, fica evidente que apenas abrir vagas não é suficiente.
Para enfrentar o capacitismo, as organizações precisam ir além do cumprimento mínimo da Lei de Cotas. Investir em ações como programas de aceleração de carreira, letramento contínuo e inclusão de perspectivas diversas no compliance é essencial para criar um ambiente realmente inclusivo. Uma força de trabalho capaz e produtiva não pode continuar encontrando barreiras invisíveis para seu crescimento profissional.
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