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Cidade holandesa faz história ao banir anúncios de combustíveis fósseis

Lei aprovada em Haia proíbe publicidade de produtos de combustíveis fósseis e de serviços de alta emissão de carbono a partir de janeiro de 2025

Na semana passada, Haia se tornou a primeira cidade do mundo a aprovar uma lei local que proíbe anúncios que promovam produtos de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, bem como serviços de alta emissão de carbono, como cruzeiros e viagens aéreas.

A nova lei, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2025, será aplicada a espaços públicos, como outdoors e telas independentes, e é vista como um passo importante para Haia alcançar a neutralidade de carbono até 2030, antecipando a meta nacional de 2050.

Embora cidades como Amsterdam, Edimburgo e Sydney tenham adotado medidas para limitar a publicidade de combustíveis fósseis, essas iniciativas dependem de acordos voluntários com agências de publicidade e não possuem caráter obrigatório. Haia, por sua vez, é a primeira a estabelecer uma proibição legal em nível local, tornando sua medida mais difícil de ser revertida.

Especialistas em clima e ativistas elogiaram a medida, argumentando que a proibição de anúncios de combustíveis fósseis pode desencorajar comportamentos insustentáveis e ajudar a promover alternativas, como o transporte público e outras opções de baixo carbono.

A iniciativa pode inclusive facilitar o caminho de outras cidades que buscam adotar leis semelhantes…

No Canadá, um conselheiro municipal de Toronto lidera uma proposta para banir anúncios de combustíveis fósseis em sistemas de transporte público, enquanto a província de British Columbia demonstra interesse em seguir o exemplo de Haia. Em Hamburgo, na Alemanha, de acordo com a organização World Without Fossil Ads, um referendo está sendo discutido para obter resultados similares.

Essas movimentações indicam que a decisão de Haia pode ser apenas o começo de um movimento global mais amplo para combater a publicidade de combustíveis fósseis.

Leia também: 
Cidades europeias apostam em soluções baseadas na natureza para enfrentar mudanças climáticas


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Redação A Economia B

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