Relatório revela que 57 empresas da indústria de combustíveis fósseis são responsáveis por 80% das emissões globais de CO₂ desde 2016
Em 2015, os 195 países participantes da COP21 concordaram em reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Mas um relatório divulgado há poucos dias pela InfluenceMap revelou que as emissões globais de CO₂ (um dos principais GEE) não diminuíram desde a assinatura do Acordo de Paris. Pelo contrário…
Os maiores emissores de CO₂
O banco de dados da Carbon Majors (utilizado pela InfluenceMap) contempla informações sobre 122 dos maiores poluidores históricos do clima. Analisando esses dados, os pesquisadores descobriram que 65% das entidades estatais de combustíveis fósseis e 55% das empresas do setor privado aumentaram a produção desde 2016.
Além disso, de acordo com o estudo, 80% das emissões globais de CO₂ dos últimos sete anos estão diretamente ligadas a um grupo de 57 grandes empresas das indústrias de combustíveis fósseis e de cimento.
O relatório também aponta que o maior crescimento na emissão de CO₂ foi registrado na Ásia. Desde 2016, as cinco principais companhias privadas do continente e 8 das 10 estatais registraram emissões superiores às observadas entre 2009 e 2015. Segundo a análise, isso se deve principalmente à expansão da produção de carvão.
Inclusive, o estudo cita que houve uma mudança no perfil dos principais produtores de carvão desde 2016, com empresas estatais assumindo um papel mais proeminente, refletido em um aumento significativo nas emissões.
Por fim, o levantamento indica que as cinco maiores empresas privadas (Chevron, ExxonMobil, BP, Shell e ConocoPhillips) foram responsáveis por 11,1% das emissões históricas dos setores de petróleo e cimento. Já as cinco maiores estatais (Saudi Aramco, Gazprom, National Iranian Oil Company, Coal India e Pemex) foram responsáveis por 10,9% das emissões históricas.
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