Em entrevista exclusiva, Alice Rawsthorn, escritora e crítica de design, mostra como soluções criativas podem antecipar crises globais e trazer respostas a elas
O que vagões de trens transformados em unidades móveis de saúde na Ucrânia, sistemas de esgoto natural na Índia e a invenção da brigada de incêndio em Londres têm em comum?
Todos esses projetos exemplificam o poder transformador do design.
Indo além da sua função estética e utilitária, o design tem o potencial de ajudar a impulsionar mudanças significativas em diferentes áreas. Ele pode reimaginar sistemas, solucionar desafios complexos e gerar impactos sociais e ambientais positivos que ressoam por gerações.
Esse foi o foco da conversa que Francine Pereira, nossa redatora-chefe, teve com Alice Rawsthorn, escritora e crítica de design, durante o Tóquio Fórum 2024.
A Fran compartilhou o áudio da entrevista com a gente assim que voltou do evento. Eu ouvi enquanto tomava café da manhã e fiquei feliz e triste ao mesmo tempo.
Feliz porque o conteúdo é INCRÍVEL. A Alice fala com clareza sobre o poder transformador do design e apresenta excelentes histórias que mostram como a colaboração entre diferentes áreas tem impulsionado mudanças significativas.
Triste porque infelizmente não tivemos autorização para gravar a conversa em vídeo – eu queria muito que todo mundo pudesse VER essa troca…
Mas aí a Fran foi lá e fez o quê?
Devolveu minha alegria ao produzir um artigo que organiza bem todas as ideias debatidas pelas duas em meia hora de papo. Vale muito, muito a leitura! Tá aqui.
E assim abrimos mais uma edição da Farol da Economia Regenerativa* – a trigésima, aliás. 🍾
Boa leitura!
Natasha Schiebel
Cofundadora e Head de Conteúdo
*Farol da Economia Regenerativa é a newsletter d’A Economia B. Assine gratuitamente e não perca nenhuma edição.
Ao imaginar o que veremos nas próximas décadas, uma das primeiras coisas que vêm à mente é o avanço da tecnologia e como ela impactará a vida das pessoas. Afinal, estamos vivenciando uma transformação significativa, com o progresso da inteligência artificial afetando diversos aspectos da sociedade.
Porém, existem outros fatores que também estão impactando nossa vida e que devem ser considerados no planejamento do futuro. Questões como desigualdade, discriminação e mudanças climáticas, por exemplo, precisam estar no centro das discussões.
E foi justamente isso que se destacou no Tóquio Fórum 2024, que aconteceu no final de novembro na capital japonesa e que cobrimos in loco.
Neste artigo, a Francine Pereira detalha os principais insights do evento, que mostram como pensar e planejar o futuro de maneira mais responsável e empática.
Aqui vai um spoiler dos temas abordados:
“O Fórum Econômico Mundial diz que levará 142 anos para alcançar a paridade de gênero. Não temos esse tempo! Nossas crianças não têm esse tempo! Precisamos de ação ousada para reconhecer que as mulheres carregam uma carga desproporcional – três vezes maior – de cuidados. Temos os dados, temos as evidências. O que precisamos agora é de uma verdadeira mudança de alinhamento entre cabeça e coração.”
→ Sana Kapadia, especialista em investimento de impacto, no palco da Impact Week, evento que cobri na semana passada, em Bilbao.
A cobertura completa deste evento fica para a Farol #31, combinado? Mas se você quiser ter uma ideia do que vi por lá, publiquei um post-resumo no meu LinkedIn. Tá aqui!
Parece óbvio que os produtores de café deveriam ser valorizados e devidamente remunerados. Porém, na prática, essa é uma questão globalmente negligenciada.
De acordo com a FairChain Foundation, 90% do valor total de cada xícara de café vendida é direcionado para fora do país onde o grão usado naquela bebida foi cultivado – seja para intermediários, torrefadores ou mercados internacionais. Ou seja, enquanto a maior parte do valor econômico do café é destinada a outros países, seus produtores recebem uma porção mínima.
A Moyee Coffee desafia esse modelo ao introduzir o conceito do FairChain, que visa manter 50% do valor do café no país de origem.
Para isso, a empresa, sediada na Holanda, realiza a torrefação e o empacotamento dos cafés que vende ainda nos países produtores – como Etiópia e Quênia. Assim, gera renda, cria empregos e fortalece as economias locais, transformando a cadeia do café em uma oportunidade de desenvolvimento econômico sustentável para essas comunidades.
A Moyee Coffee é uma das empresas que estará no novo relatório da série Estudos B. O “Estudo B #7 – Pangeia, onde boas ideias se encontram” será um guia sobre inovação, tendências e histórias de impacto no setor de alimentos e bebidas na América Latina (de onde viemos – e para onde sempre olhamos) e Europa (onde parte da nossa equipe está baseada).
Nas páginas do nosso novo guia, você vai conhecer organizações que estão ajudando a tornar o mercado de alimentos e bebidas justo e regenerativo.
Nossa ideia era lançá-lo ainda este ano, mas resolvemos dar uns passos atrás para garantir a qualidade desse projeto. Mas no início de 2025 ele vem aí. Siga de olho na Farol para não perder o lançamento!
Achei a premissa desse vídeo maravilhosa. Ele troca humanos e animais/natureza de lugar na roda da vida. Assim, muda a perspectiva das consequências de nossas “simples” ações do dia a dia. Falei muito e não falei nada? Foi proposital. Quero que você dê o play para entender.
Por que sim, vale (muito) o play.
→ O crédito desse achado vai para Dan Sherrard-Smith (fundador da MotherTree), que fez este post no LinkedIn.
“Sorry”. Essa, provavelmente, é a palavra preferida dos britânicos. Inclusive, eu poderia apostar que é impossível passar um dia em Londres e não ouvi-la pelo menos uma vez!
Bons conhecedores do léxico britânico e da cultura local, os pais do coletivo “Parents for the future” criaram uma campanha que lembra que tem horas que pedir desculpas definitivamente não é a melhor saída.
→ Conheci esta campanha por meio deste post do Ingmar Rentzhog (fundador da plataforma We Don’t Have Time) no LinkedIn. Aliás, a gente conversou com ele durante o ChangeNOW este ano. Se você não viu a entrevista, recomendo muito que aproveite para ver. Tá aqui! É uma boa conversa que questiona “e se os combustíveis fósseis não fossem subsidiados?”.
Eventos climáticos extremos como os que aconteceram aqui em Valência há pouco mais de um mês e os que afetaram o Rio Grande do Sul este ano são transformadores. Não tem como alguém viver uma experiência trágica dessas e não refletir sobre caminhos, planos, futuro…
Nesses momentos, é comum que pessoas se unam para se ajudar e se organizar para buscar formas de evitar que o pior aconteça novamente.
O projeto Guias Rápidos para Ajudar quem Ajuda nasceu no Rio Grande do Sul nesse contexto.
Na plataforma, é possível encontrar uma série de materiais com dicas úteis para agentes de impacto. Entre os temas abordados estão: comunicação responsável no combate à desinformação; comunicação eficaz em grupos de WhatsApp no voluntariado; comunicação para Diversidade, Equidade e Inclusão no contexto do voluntariado.
Vale a pena conhecer e compartilhar com mais gente para ajudarmos quem ajuda!
Há alguns dias, o João participou da live “Movimento das Águas: Evidências e Impactos”. No encontro, ele, Eloisa Loose, Caio Ferraz e Aparecida Nogarolli (idealizadora do projeto A Voz do Rio, que organizou o evento) falaram sobre as transformações que as águas vivenciam e o impacto disso para o planeta e a humanidade. Você pode assistir aqui.
🇧🇷
🏴🇺🇸
Se você chegou até aqui, provavelmente os temas que a gente cobre são importantes para você e para a sua organização. E se a gente trabalhasse juntos?
Desenvolvemos um serviço que transforma curadoria de conteúdo e coberturas de eventos e festivais na Europa em ações de letramento e treinamento para ajudar sua organização a navegar pelas complexidades dessa era de policrise e urgências climáticas.
Quer saber como funciona? Acesse esta página. Se preferir bater um papo, agende uma reunião com o João.
A Farol da Economia Regenerativa condena práticas como greenwashing, socialwashing, diversitywashing e wellbeing washing. As informações compartilhadas aqui passam por um processo de checagem feito pelo nosso time de jornalistas, porém, sabemos que muitas vezes à primeira vista pode não ser fácil distinguir iniciativas legítimas de tentativas de greenwashing, por exemplo. Acredita que algo não deveria estar aqui? Fique à vontade para nos procurar.
Rodamos muitos quilômetros este ano para entender o que podemos fazer individualmente e coletivamente para…
Entidade reguladora do mercado publicitário britânico proíbe veiculação de anúncio que exalta iniciativas ‘verdes’, mas…
Greenwashing preocupa 85% dos investidores e exigências por transparência em relatórios ESG crescem globalmente Uma…
Consulta pública aberta até março de 2025 propõe novas exigências para empresas suíças, alinhando as…
Roblox lança Mission: Hunger, jogo que doa uma refeição real para cada refeição servida na…
A medida entra em vigor em janeiro de 2025 e busca proteger empresas italianas contra…
Este site utiliza cookies.
Deixe um comentário