O propósito empresarial será cada vez mais importante para os clientes. Empresas que tiverem a capacidade de entender isso e souberem se adaptar sairão na frente. Leia este artigo escrito por Frederico Zornig* e saiba mais.
Em um cenário como o que está sendo previsto por economistas e especialistas da área, fica difícil acreditar que o que fazíamos antes da Covid-19 será suficiente para nos levar de volta ao patamar em que estávamos. Fato é que fazer o mesmo não será suficiente. Modelos de negócio precisarão ser repensados, novas estratégias deverão ser criadas, ajustes de rota se tornarão necessários.
Foi notória a atuação das empresas que pensam primeiro nelas mesmas ou em seus acionistas que assim que perceberam que a crise seria forte anunciaram demissões em massa, fechamento de fábricas, cancelamentos de projetos etc. Ou seja, mesmo antes de entenderem os reais impactos que seriam trazidos pela crise decidiram se proteger da situação largando os lados mais fracos da corda a seu próprio risco.
Condenamos esse tipo de atitude e imaginamos que a mesma avaliação é feita por consumidores e os próprios funcionários dessas empresas. Talvez possam não ter sido eles os que foram despedidos dessa vez, mas quem garante que serão mantidos na próxima crise?
O mesmo vale para fornecedores, que em muitos casos dependiam de contratos que foram cancelados sumariamente e unilateralmente. Possivelmente, tentarão buscar outros tipos de parcerias para seus produtos e serviços no futuro com parceiros que honram contratos mesmo em momentos de crise.
Por outro lado, empresas que seguem um propósito empresarial forte, com visão de longo prazo, se sairão melhor dessa crise
Essas, aliás, buscaram de todas as formas demonstrar aos seus e ao mercado que pensariam primeiro na comunidade…
Várias ações foram feitas – e de toda natureza –, o que entendemos ser oportuno no momento, em que há de se valorizar menos o lucro e mais as pessoas. Não apenas acreditamos no orgulho de suas equipes em saber que a empresa está disposta a sofrer alguma perda momentânea para manter salários em dia e todos com seus empregos, mas também toda a cadeia de fornecimento e parceiros.
Além disso, várias dessas empresas também foram solidárias com a causa da crise e doaram milhões. Toda essa solidariedade será lembrada pelos consumidores.
Acreditamos que estamos vivendo em um mundo mais transparente, em que atitudes são avaliadas pela maioria das pessoas e as ações das empresas que trabalharam de forma a contribuir com a sociedade devem ser recompensadas no curto e médio prazo após a retomada da economia.
Nesse novo cenário futuro que projetamos, a imagem da empresa deverá valer ainda mais do que vale hoje. E as empresas com uma imagem positiva, que foi ainda mais acentuada durante a crise, sairão ganhando.
Concluindo, o mercado será – se já não é – outro. E o consumidor, também.
Empresas que tiverem a capacidade de se adaptar rapidamente terão maior chance de sobrevivência no futuro breve.
Reforçamos que o que era verdade até 15 de março de 2020 não mais o é. Ficar buscando informações do passado para prever o futuro funciona em momentos estáveis. Uma crise como a que estamos enfrentando rompe com modelos preditivos e nos obriga a ser mais estratégicos e antecipar as tendências. A maioria de nós sairá ilesa dessa crise, tanto no âmbito da saúde quanto no âmbito financeiro, se avaliarmos isso no médio prazo. Basta nos cuidarmos e agirmos com inteligência. Proteção na saúde e agilidade nos negócios!
*Frederico Zornig é PhD em pricing e CEO da Quantiz Pricing Solutions, empresa de consultoria especializada em formação e gestão de preços (precificação).
O conteúdo que você acabou de ler é um trecho de um artigo escrito por Frederico e publicado no LinkedIn. A reprodução foi autorizada pelo autor.
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