A Economia B Entrevista

ESG na Indústria: como construir uma agenda sustentável, eficiente e resiliente

Gerente Executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep fala sobre a importância da disseminação das práticas ESG na Indústria e apresenta caminhos para as empresas do setor avançarem nessa agenda

Um dos motores da economia mundial – representando 16% do PIB global e 23,9% do PIB brasileiro –, a Indústria tem uma grande responsabilidade para o avanço da agenda ESG. Afinal, como lembra Fabricio Lopes, Gerente Executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep, tudo começa na Indústria.

“Antes de chegar nos serviços, no comércio, as ondas, os movimentos de gestão, começam na Indústria. A Indústria tem uma participação importante no PIB e também no desenvolvimento social de um país. Os países que têm maior igualdade social investiram numa Indústria mais tecnológica e atuante. E é isso que a gente precisa fazer: investir em tecnologia na Indústria. Porque essa indústria desenvolvida vai melhorar a economia, ser mais competitiva, empregar mais e, principalmente, entregar produtos de maior valor agregado para a sociedade, diminuindo a desigualdade social”, analisa.

Porém, o setor enfrenta desafios nos três pilares que compõem a sigla ESG. Para citar alguns:

E → Por sua natureza, atividades industriais são responsáveis por um quinto das emissões globais de carbono.

S → Apesar de apresentar avanços quando o assunto é diversidade – foi o setor em que houve maior aumento na participação de mulheres em cargos de gestão nos últimos anos, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) –, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a equidade.

G → A falta de um olhar atento à cadeia de produção gera riscos para as empresas industriais em torno de questões como desmatamento e direitos humanos.

Essas lacunas nas áreas ambiental, social e de governança representam ameaças significativas. Porém, também apontam oportunidades para a Indústria se tornar mais responsável, sustentável, inclusiva, eficiente e resiliente. Incluir os pilares ESG em suas estratégias, operações e práticas é um caminho para isso.

Desmistificando o ESG na Indústria

Foto de sol na Unsplash

Como as indústrias, em especial as pequenas e médias, podem incorporar práticas ESG em sua estratégia? Por onde começar? O que evitar nesse processo?

Essas são algumas das perguntas que João Guilherme Brotto (jornalista, cofundador d’A Economia B e MBA em Desenvolvimento Sustentável e Economia Circular) faz a Fabricio Lopes no sétimo episódio do programa A Economia B Entrevista.

No início da conversa, após detalhar a evolução do setor industrial nas últimas décadas, Fabricio resume o papel do ESG na Indústria:

A sigla ESG veio para falar para os empresários, de maneira didática: ‘Olha, você tem que ser produtivo, ter qualidade, ter inovação e você tem que fazer tudo isso olhando para três eixos: ambiental, social e de governança’.

Na sequência, ele sinaliza que é essencial conscientizar os empresários sobre o impacto econômico das práticas ESG na Indústria. Afinal, assim, fica mais fácil destravar iniciativas importantes para o avanço da agenda.

“Quando você aplica uma prática de ESG e, ao mesmo tempo, aumenta a margem de sustentabilidade econômica da empresa – ou porque ela consegue produzir mais ou porque diminuiu os seus desperdícios –, o empresário consegue ter alguma gordurinha para investir em outras ações, e assim vai dando um passo de cada vez”, pontua.

Além disso, Fabricio destaca que, diferentemente das práticas da produtividade e da qualidade, que se dão no chão de fábrica, a evolução do ESG na Indústria depende do engajamento das lideranças. 

“A prática ESG na Indústria é top down, precisa fazer parte da estratégia da empresa. Para isso, é necessário ter uma decisão do board da empresa e precisa de uma estratégia”, pontua.

A partir dessas reflexões, João e Fabricio falam também sobre:

  • Primeiros passos para desenvolver a agenda ESG na Indústria;
  • Como engajar lideranças na agenda ESG;
  • Como evitar greenwashing, socialwashing, diversitywashing, pinkwashing etc.;
  • Chamada Sesi ESG, programa que visa ajudar indústrias paranaenses a implementar iniciativas e processos sustentáveis por meio de mentorias e projetos de tecnologia e inovação.
  • E mais!

Assista à entrevista:

Um atalho para as indústrias paranaenses avançarem na agenda ESG

Com o intuito de desmistificar o tema ESG nas indústrias paranaenses e disseminar e apoiar a implementação de boas práticas ambientais, sociais e de governança na indústria, o Serviço Social da Indústria – Sesi Paraná, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Paraná, lançou a Chamada Sesi ESG

Por meio desse programa, mil empresas industriais do Paraná terão a oportunidade de receber mentorias direcionadas e receber apoio a projetos de tecnologia e inovação com potenciais impactos em sustentabilidade ao longo de 2023 e 2024. 

Segundo Fabricio, a ideia é que essa parceria ajude a escalar iniciativas ESG em pequenas, médias e grandes empresas industriais do estado.

“Em quatro meses, além de a empresa ter uma boa estratégia e saber quais são os próximos passos para ficar mais adequada aos conceitos de ESG, ela terá ferramentas implantadas. Assim, estará mais produtiva e com indicadores mais alinhados aos pilares ESG. E ainda, ela ganha um selo de boas práticas de ESG. Com isso, consegue mostrar ao mercado que é uma empresa que impacta a sociedade positivamente”, explica o Gerente Executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep.

Mais de 300 empresas já se inscreveram na Chamada Sesi ESG. Quer conhecer os critérios de elegibilidade e saber como garantir a vaga da sua organização? Acesse https://bit.ly/chamada-esg 

*Este conteúdo faz parte de uma campanha de Branded Content desenvolvida por A Economia B Content Studio em parceria com o Sistema Fiep com o objetivo de ajudar a desmistificar o ESG na Indústria.

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Publicado por
Natasha Schiebel

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