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ESG na Indústria brasileira: panorama e perspectivas para o futuro

Entenda qual é o nível de maturidade ESG na Indústria brasileira, saiba quais são os desafios para agenda avançar e conheça as melhores práticas ESG de 4 indústrias paranaenses

Como está sua agenda ESG? 

A pergunta central da pesquisa de mesmo nome realizada recentemente pelo Pacto Global da ONU no Brasil, em parceria com a plataforma de monitoramento digital Stilingue e a consultoria Falconi, é um bom ponto de partida para as reflexões que propomos nesta reportagem. 

Dentre as 190 organizações brasileiras que participaram do levantamento: 

  • 78,4% afirmam já terem inserido o tema na elaboração das suas estratégias;
  • 59,5% declaram que alocam ações ESG no orçamento;
  • 50% indicam que já trabalham mapeamento de riscos ESG – sendo Serviços (39%) e Indústria (25%) os setores que mais focam nessa etapa.

Na visão do Pacto Global e de seus parceiros, esses dados mostram a tendência crescente de volume de discussões a respeito do ESG no ambiente digital brasileiro. 

Mas o que isso representa no dia a dia das organizações? Mais especificamente, qual é o nível de maturidade ESG na Indústria brasileira? Quais são os desafios e entraves para que a agenda possa avançar no setor? Por que a Indústria precisa direcionar o olhar para a agenda ESG? Como começar a implementar práticas ESG em uma empresa?

Essas foram algumas das perguntas que fizemos a quatro especialistas em ESG na Indústria e profissionais que atuam em empresas preocupadas em fortalecer suas iniciativas nas três áreas que compõem a sigla. 

Este conteúdo faz parte de uma campanha de Branded Content desenvolvida por A Economia B Content Studio em parceria com o Sistema Fiep com o objetivo de ajudar a desmistificar o ESG na Indústria.

Entendendo o nível de maturidade ESG na Indústria brasileira

Fabricio Lopes, Gerente Executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep, começa sua análise falando sobre quem já tem práticas bem definidas: 

As grandes indústrias, as multinacionais, as indústrias que exportam já estão muito maduras. Elas já têm diretorias e áreas responsáveis pelas temáticas ESG, e estão disseminando a cultura. Nós temos indústrias muito competitivas mundialmente, que têm excelência em sua gestão, e com o movimento ESG não é diferente. O Grupo Boticário, por exemplo, além de ser uma indústria muito inovadora, trabalha com muita responsabilidade, com um impacto positivo na sociedade, olhando a sustentabilidade – não só econômica, mas também ambiental e social – como um eixo geral no seu tripé”, comenta.

No entanto, ele destaca que quando a avaliação é sobre a maturidade ESG das pequenas e médias empresas industriais, o desafio é maior. “A onda demora um pouco mais para chegar até elas, até porque quem vai cobrá-las são as grandes empresas, que são suas clientes”, aponta.

Patricia Martins, Gerente do Centro de Inovação do Sesi, concorda. Porém, aproveita a abertura do debate para demonstrar otimismo quanto ao futuro.

“Quando iniciamos o diagnóstico ESG nas indústrias, mostramos que elas já têm práticas isoladas alinhadas aos objetivos, não estão começando do zero. Ou seja, precisam apenas colocar um olhar sobre isso, definir quais indicadores são importantes para sua indústria e monitorá-los para que possam ter controle para desenvolvimento futuro e potencializar suas ações. Estamos no caminho, mas temos grandes desafios”, analisa.

Veja também:
ESG na Indústria: como construir uma agenda sustentável, eficiente e resiliente
No sétimo episódio do programa A Economia B Entrevista, Fabricio Lopes fala sobre a importância da disseminação das práticas ESG na Indústria e apresenta caminhos para as empresas do setor avançarem nessa agenda. Assista!

Por falar em desafios…

Quem levanta o primeiro ponto dentro da temática de desafios para a agenda ESG avançar no setor industrial é Aron Belinky, fundador da ABC Associados e pesquisador da FGV/EAESP. 

Para ele, apesar de haver um reconhecimento de que questões ESG são importantes, a pauta dificilmente entra na agenda de prioridades das organizações

“O curto prazismo é um problema que continua muito forte no Brasil, porque as empresas estão focadas na sobrevivência imediata e nas dificuldades do dia a dia. Então, especialmente no que diz respeito a ações cujos resultados vêm numa perspectiva mais estratégica, mais de longo prazo, esse assunto não é tão priorizado”, analisa.

À essa reflexão, Patricia Martins acrescenta: “Para a micro e pequena indústria que está buscando equilíbrio financeiro, o fato de precisar fazer algum tipo de investimento, ou mesmo dedicar pessoas e horas para estruturar sua gestão, pode ser um fator que dificulta a estruturação dos seus indicadores ESG”.

Aliás, como destaca Isabela Drago, consultora do Centro de Inovação do Sesi, a própria falta de indicadores também pode ser um entrave. Afinal, isso pode dificultar a comunicação com as partes interessadas e comprometer a transparência das empresas. 

A esse caldeirão, Taicir Badreldin Chiodi, analista de Processos e Projetos e responsável pelo Projeto ESG do Grupo GRECA, adiciona a necessidade de mexer na cultura organizacional, nos processos, operações e estratégias de negócios para incorporar considerações ambientais, sociais e de governança de maneira autêntica e eficaz. 

Na visão dela, para superar essa dificuldade é preciso “compromisso contínuo, liderança sólida e ações consistentes ao longo do tempo”.

Isabela conclui esse debate destacando que o envolvimento da alta direção é essencial para superar qualquer um desses desafios. 

“Sempre orientamos na Mentoria ESG que para uma boa governança é necessário ter o envolvimento da liderança. O desenvolvimento de políticas, programas e processos para garantir a implementação das iniciativas ESG depende desse aval. Portanto, sem a sensibilização e o envolvimento da liderança desde o começo, a pauta ESG na Indústria pode acabar sendo vista como algo secundário, não prioritário”, alerta.

Por que a Indústria precisa direcionar o olhar para a agenda ESG?

Por mais que existam desafios complexos para avançar a agenda ESG na Indústria, os benefícios de olhar com atenção para questões que, em uma primeira análise, podem parecer distantes das metas financeiras, também são múltiplos. 

Para começar, Isabela Drago destaca que “trabalhar sintonizado com a pauta ESG significa pensar de forma estratégica na continuidade de seus negócios”.

A consultora do Centro de Inovação do Sesi explica por quê. “Seguir a pauta ESG possibilita que uma empresa consiga potencializar seus impactos positivos e que tenha subsídios para minimizar os impactos negativos. Ou seja, trabalhar com ESG é trabalhar com gestão de riscos e gestão de impactos. É pensar de forma estratégica na perenidade do seu negócio”, detalha.

Além disso, cada vez mais, ESG é sinônimo de competitividade. Afinal, à medida que a sociedade se torna mais consciente das questões ambientais e sociais, as empresas que não adotarem práticas sustentáveis ficarão para trás. 

“Ao não se posicionar a favor de soluções para as demandas de uma sociedade mais sustentável e ficando do lado do problema ou das organizações menos capazes de trazer soluções, a empresa vai perder competitividade e, consequentemente, negócios e legitimidade social. Eventualmente, não vai estar nos nichos e nas tendências crescentes, vai estar no caminho que tende a sumir”, analisa Aron Belinky. 

Chamada Sesi ESG e o avanço da agenda ESG na Indústria paranaense

Empresas convencidas a levar esse tema a sério podem enfrentar mais um desafio: não saber exatamente como começar a implementar práticas ESG em sua operação. Neste sentido, ações como a Chamada Sesi ESG são aliadas fundamentais nesse processo. 

Voltada para Indústrias do Paraná, a Chamada tem como objetivo oportunizar práticas do tema ESG para empresas industriais do estado e direcionar seus recursos para a implementação de iniciativas, processos e projetos sustentáveis.

A indústria que adere à Chamada participa de uma Mentoria de quatro meses. Nesse período, entenderá como está em relação aos indicadores ESG e receberá orientação para o desenvolvimento de boas práticas ESG para melhorar seus indicadores priorizados. “Sempre comentamos que o tema ESG é complexo, mas o importante nessa trajetória é dar o primeiro passo. A Mentoria ESG pode ajudar muito nesse sentido”, comenta Isabela Drago.

A Chamada Sesi ESG está dividida em duas fases:

Fase 1) Mentorias ESG e Lean Manufacturing

O programa de mentoria visa implementar práticas ESG e ferramentas de produção enxuta (Lean Manufacturing) para fortalecer estratégias ESG na indústria e potencializar negócios. 

A mentoria tem dois módulos, um de diagnóstico ESG e outro de aplicação de ferramentas de Lean, com duração total de quatro meses. 

Nessa fase, as indústrias participantes terão acesso a conteúdos teóricos e práticos sobre Lean Manufacturing para potencializar as ações ESG e serão capacitadas para colocar os principais conceitos de produção enxuta em prática.

Fase 2) Projetos de Tecnologia e Inovação

Essa etapa tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de soluções alinhadas ao diagnóstico e indicadores de sustentabilidade identificados na primeira fase.

A execução dos Projetos de Tecnologia e Inovação que serão selecionados na segunda etapa será realizada pela Rede Senai de Institutos de Tecnologia e Inovação do Paraná, que conta com um portfólio de mais de 300 projetos de PD&I desenvolvidos em cooperação com indústrias proponentes.

Na visão de Patricia Martins, a Chamada Sesi ESG democratiza o acesso para que as indústrias estruturem a sua jornada ESG. “É um primeiro passo para desmistificar o ESG para a gestão e para os colaboradores, e para ajudá-los a entender o nível de maturidade da indústria e priorizar indicadores olhando para o tripé da sustentabilidade do negócio”, conclui.

ESG na Indústria, na prática

Ao longo de 2023 e 2024, mil indústrias paranaenses terão a oportunidade de participar da Chamada Sesi ESG. Quer conhecer os critérios de elegibilidade e saber como garantir a vaga da sua organização? Acesse https://bit.ly/chamada-esg

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Publicado por
Tom Schiebel

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