Relatório mapeia regulamentações de greenwashing em 25 países e alerta para riscos de comunicação ambiental enganosa
A crescente vigilância global contra o greenwashing, impulsionada por consumidores mais atentos, investidores exigentes e reguladores rigorosos, tem colocado as práticas de sustentabilidade corporativa em xeque e exposto uma realidade preocupante: empresas estão fazendo promessas ambientais que não conseguem cumprir.
É exatamente esse o tema em foco no relatório The Challenge of Greenwashing: An International Regulatory Overview, elaborado pela KPMG.
O estudo examina regulamentações de 25 jurisdições, incluindo os Estados Unidos, e destaca como o aumento da supervisão global exige mais transparência e rigor nas declarações de sustentabilidade.
O mapeamento abrange desde mercados maduros como Austrália, Reino Unido e Alemanha até economias emergentes como Brasil, Chile e Indonésia, evidenciando o alcance global do problema.
Segundo o relatório, práticas comuns como publicidade enganosa e rótulos vagos geram riscos legais, financeiros e reputacionais para as empresas. Os setores mais afetados são justamente aqueles com maior impacto ambiental: Petróleo e Gás lidera com 19% dos incidentes de risco ESG, seguido por Bancos e Serviços Financeiros com 15%.
Mesmo na União Europeia, onde a regulamentação é mais avançada, 40% das declarações ambientais foram consideradas “completamente infundadas”, e outros 53% foram classificados como “vagos, enganosos ou imprecisos”.
A UE, aliás, lidera os esforços regulatórios, com diretrizes como a Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD) e a proposta Green Claims Directive, que exigem comprovação de declarações ambientais por meio de dados verificáveis. Essas normas impactam não apenas empresas europeias, mas também aquelas que operam globalmente, especialmente no setor financeiro, onde incidentes de greenwashing climático aumentaram 70% nos últimos anos.
Para evitar penalidades e reconquistar a confiança dos consumidores, a KPMG recomenda que as empresas adotem mecanismos robustos de conformidade, garantindo que suas iniciativas ambientais sejam respaldadas por evidências concretas e métricas claras.
Diante da crescente demanda por práticas sustentáveis, governos e reguladores intensificam o combate ao greenwashing, promovendo um futuro mais transparente. Ao priorizar autenticidade em suas ações, as empresas têm maior chance de alcançar sucesso e contribuir de forma real para o combate à desinformação ambiental.
Neste guia, falamos sobre como evitar práticas de greenwashing e destacamos cuidados importantes para promover uma comunicação ambiental transparente e baseada em dados reais.
→ O relatório The Challenge of Greenwashing: An International Regulatory Overview está disponível na íntegra, em inglês, aqui.
Leia também:
Boas práticas em relatórios de sustentabilidade
O Farol da Economia Regenerativa é uma solução de curadoria de conteúdo sobre ESG, sustentabilidade, impacto e regeneração. Funciona como um programa de aprendizado contínuo e é planejado sob medida para sua equipe e organização.
O Farol oferece palestras, treinamentos, notícias, tendências, insights, coberturas internacionais e uma curadoria exclusiva para a sua organização e seu time navegarem pelos temas mais urgentes da nossa era. Conheça o Farol e entre em contato para agendarmos uma conversa.
Prefeitura disponibiliza mais de 350 espaços climatizados gratuitamente, garantindo conforto térmico e acessibilidade para moradores…
De programas para mulheres em áreas técnicas a produtos financeiros inclusivos, relatório do Fórum Econômico…
Em novo relatório, Fórum Econômico Mundial alerta que empresas que não se adaptarem às mudanças…
Global Risks Report aponta que desinformação lidera riscos imediatos, enquanto eventos climáticos extremos são a…
Medida busca alinhar o setor privado australiano aos esforços globais de descarbonização até 2050 Em…
Relatório alerta que temperatura média acima do limite estabelecido no Acordo de Paris intensifica eventos…
Este site utiliza cookies.
Deixe um comentário