Iniciativa Closing the Footwear Loop visa acelerar a circularidade e reduzir o impacto ambiental da indústria de calçados por meio da colaboração entre marcas, organizações e especialistas
Você sabia que, atualmente, cerca de 24 bilhões de pares de sapatos são fabricados anualmente no mundo? Desse total, 90% acabam em aterros sanitários ou são incinerados, devido à dificuldade de reciclagem, causada pela complexidade dos materiais usados.
Esse impacto não se limita apenas à crise dos resíduos sólidos, mas também contribui significativamente para a emissão de gases de efeito estufa durante a decomposição ou queima dos calçados, intensificando as mudanças climáticas.
Com o objetivo de mudar esse panorama, 14 grandes marcas (incluindo Adidas, Puma e Dr. Martens) se uniram em uma iniciativa colaborativa para promover a circularidade na indústria de calçados europeia.
O projeto, chamado Closing the Footwear Loop, foi desenvolvido pela Fashion for Good (uma coalizão de marcas, varejistas, fornecedores e inovadores dedicada a acelerar a transição para uma indústria da moda circular e regenerativa) e tem como objetivo buscar alternativas ao tradicional modelo linear de produção, baseado em “extrair, produzir e descartar”.
As iniciativas do projeto incluem:
- Mapeamento dos fluxos de resíduos de calçados na Europa (em colaboração com a ONG Circle Economy), visando coletar dados sobre volumes, materiais, reusabilidade e reciclabilidade.
- Desenvolvimento de um roteiro para o design circular de calçados, com diretrizes e critérios para materiais circulares e seguros, durabilidade, capacidade de reparo e reciclabilidade.
- Testes de soluções inovadoras para o fim da vida útil dos calçados, visando superar os obstáculos atuais e impulsionar a adoção de materiais reciclados na indústria.
O projeto Closing the Footwear Loop aposta que a circularidade depende da colaboração entre diferentes atores da cadeia produtiva.
A parceria entre marcas concorrentes, organizações da sociedade civil e especialistas em inovação facilita o enfrentamento de desafios sistêmicos, como a complexidade dos materiais e a falta de infraestrutura para reciclagem. Essas parcerias vão além da soma de esforços, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções que dificilmente seriam alcançadas de forma isolada.
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