Pesquisas da KPMG e do Google trazem insights sobre a percepção de CEOs, executivos e consumidores a respeito da agenda ESG e o papel das empresas diante dos desafios socioambientais
As perspectivas econômicas para o futuro próximo não são nada animadoras. As últimas projeções do Fundo Monetário Internacional apontam uma queda significativa do crescimento da economia mundial.
Essa piora também é esperada no setor corporativo. Em um estudo global feito pela KPMG com 1.325 executivos de 11 mercados, 86% dos entrevistados disseram concordar que devemos enfrentar uma recessão econômica nos próximos 12 meses. Além disso, na visão de cerca 3/4 dos entrevistados, essa recessão deve impactar o crescimento de suas organizações nos próximos três anos.
Em meio a uma crise econômica, como fica a agenda ESG no radar dos CEOs?
De acordo com o levantamento da KPMG, os problemas na economia não devem se traduzir em uma redução da preocupação com a agenda ESG.
45% dos profissionais entrevistados disseram que entendem que o progresso nos pilares ESG melhora o desempenho financeiro. Portanto, a abordagem lógica em tempos econômicos desafiadores seria aumentar as ambições e os esforços relacionados às questões ambientais, sociais e de governança.
Essa percepção pode estar relacionada ao fato de que os executivos estão cientes da exigência cada vez maior dos stakeholders em relação ao tema.
- 69% dos participantes da pesquisa afirmam ter percebido um aumento significativo na demanda por relatórios e mais transparência em relação à agenda ESG no último ano.
- Além disso, 72% acreditam que a exigência dos stakeholders sobre as práticas e relatórios ESG deve aumentar no próximo ano.
- Por fim, 7% dos CEOs indicam que o ceticismo dos stakeholders em relação ao greenwashing está aumentando (em 2021, apenas 1% dos executivos tinham essa percepção).
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A visão dos consumidores brasileiros sobre os pilares ESG
Essa crescente preocupação com a agenda ESG também é uma realidade no Brasil.
Uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a MindMiners e o Sistema B mostra que ainda que não seja amplamente conhecida pela população, cada vez mais, os propósitos e valores por trás da sigla guiam as decisões de compras dos brasileiros.
Segundo o levantamento, que ouviu mais de 3 mil pessoas, apenas um em cada cinco brasileiros já ouviu falar em ESG. Contudo, quatro em cada cinco declaram como importante a atuação das empresas em áreas ambientais, sociais e de governança.
Outro dado interessante é que quase metade dos brasileiros (47%) não associa a agenda ESG a marcas específicas. Por outro lado, muitas pessoas incorporam os pilares ESG ao seu próprio dia a dia – mesmo que sem relacionar a atitude à sigla. Estes são alguns dados que apoiam essa constatação:
- 72% fazem separação do lixo eletrônico e de materiais perigosos;
- 69% separam lixo reciclável e orgânico;
- 72% utilizam meios de transporte coletivos ou alternativos ao carro/moto movido à gasolina;
- 42% participam ou apoiam ONGs/projetos pelos direitos de populações sub-representadas.
Quando questionados sobre de quem é a responsabilidade de cuidar do planeta, 54% dos participantes afirmam que acreditam que as pessoas podem fazer diferença por meio de ações individuais. Contudo, para uma boa parte dos entrevistados essa é uma responsabilidade do governo (50%) e das empresas (44%).
Por fim, os participantes entendem que é papel das marcas e grandes corporações criar ações para proteger o meio ambiente por meio de seus produtos e serviços, patrocínios e ações de conscientização.
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A agenda ESG já faz parte das estratégias da sua empresa?
Essas duas pesquisas reforçam a importância de empresas assumirem sua responsabilidade com relação a questões ambientais e sociais e a serem mais consistentes e transparentes em suas práticas de governança.
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