Estudo da Agência Internacional de Energia revela que 180 países não possuem metas relacionadas à energia renovável em seus compromissos climáticos
Durante a COP28, quase 200 países se comprometeram a triplicar a capacidade mundial de energia renovável nesta década. Segundo muitos especialistas, esta é uma das ações críticas para manter viva a esperança de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
Entretanto, na semana passada, a Agência Internacional de Energia (IEA) – uma das principais autoridades em pesquisa energética do mundo – revelou que o mundo está longe de alcançar essa meta.
De acordo com o relatório “COP28 Tripling Renewable Capacity Pledge”, apenas 14 de 194 países incluíram metas específicas para renováveis em seus compromissos climáticos (NDCs). Isso resultará em um aumento previsto de apenas 70% da capacidade necessária. Seguindo essa tendência, a capacidade global deve aumentar pouco mais que o dobro até o final da década.
O estudo da IEA destaca que, apesar do progresso no aumento da capacidade renovável, muitos países ainda precisam integrar essas metas em seus planos nacionais.
No ano passado, a capacidade renovável global teve um aumento recorde de 560 GW. A China liderou esse movimento, adicionando mais capacidade do que o resto do mundo combinado. Países como Índia e Estados Unidos também mostraram avanços significativos, mas ainda insuficientes para atingir a meta global.
O relatório conclui que é crucial que os governos globais acelerem seus esforços e implementem políticas mais robustas para triplicar a capacidade de energia renovável até 2030. Sem essas ações, o mundo poderá falhar em cumprir seus compromissos climáticos essenciais para limitar o aquecimento global.
“Este relatório deixa claro que a meta é ambiciosa, mas alcançável – embora apenas se os governos rapidamente transformarem promessas em planos de ação”, disse o Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol, em nota.
Além disso, segundo Birol, ao cumprir os objetivos acordados na COP28 – incluindo a triplicação das energias renováveis e a duplicação das melhorias na eficiência energética até 2030 – os países em todo o mundo têm uma grande oportunidade de acelerar o progresso. Esse avanço pode levar a um sistema energético mais seguro, acessível e sustentável.
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